Uma questão de Segurança

Os noticiários vêm informando com cada vez maior freqüência o crescimento da violência. Cidades como Rio de Janeiro e São Paulo há muito tempo vêm sofrendo com o aumento da criminalidade e perdendo “de goleada” para os bandidos, cada vez mais aprimorados em suas atividades. Não é de hoje que as cidades grandes viram este fenômeno se refletir na atividade turística, com sérios riscos para seu crescimento e desenvolvimento.

Em Salvador, na Bahia, por ocasião de um assalto a um ônibus de turistas espanhóis, o governo do estado chegou a intervir para indenizar todos os prejuízos, com medo da repercussão desfavorável, o que mesmo assim não conseguiu evitar. Na presente temporada, lamentavelmente, mais uma vez o Rio de Janeiro foi destaque na imprensa mundial pelo audacioso assalto ao ônibus de turistas ingleses, que deixa lacuna irrecuperável e se transfere a todos os estados brasileiros na visão dos estrangeiros, principalmente americanos e europeus.

Aqui em Santa Catarina, e em especial em Florianópolis, os índices de violência têm crescido, é verdade. Mas ainda nos sentimos relativamente seguros se comparados às chamadas metrópoles. No campo do turismo as pesquisas sempre tiveram conceito elevadíssimo para o quesito segurança, fator que muito ajudou na captação de turistas e ainda hoje cumpre esta tarefa.

As entidades do setor privado, sempre que elegeram destaques para serem agraciados com honrarias e troféus, incluíram com muita razão e sabedoria as nossas policias civil e militar. Ainda assim, a cada temporada os cuidados devem ser redobrados e as operações veraneio devem sempre ser merecedoras de mais atenção das autoridades constituídas.

Aqui em nosso Estado o noticiário tem sido pródigo em enumerar assaltos a estrangeiros, principalmente a argentinos e paraguaios, o que sem dúvida causa grande preocupação. As nossas polícias, é bom que se destaque, têm grande credibilidade tanto junto à população quanto aos turistas nacionais e estrangeiros. Devemos propugnar para que as polícias sejam mais bem equipadas, melhor remuneradas e dotadas de instrumentos capazes de garantir a eficácia de suas ações.

Se não prestarmos atenção nesse fator presenciaremos no futuro o item segurança ser motivo de afastamento de turistas e entrar nas estatísticas como fator de diminuição do fluxo turístico, inversamente ao que ainda acontece nos dias de hoje.

Estanislau Emilio Bresolin
Presidente da FHORESC
2º Vice Presidente da CNTur e Advogado